quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sobrenomes Vieira e Carvalho

Por João Paulo Vieira de Carvalho

VIEIRA

Famosos com o sobre nome Vieira

A história de Suzana Vieira talvez seja a mais conhecida quando o assunto é nome artístico. Batizada de Sônia Maria Vieira Gonçalves, a atriz apropriou-se do nome da irmã - Suzana - para dar início à carreira. A irmã, que mais tarde também se tornaria atriz, teve que se contentar em ser conhecida como Suzana Gonçalves (a última novela foi O Amor Está no Ar, em 1997, e atualmente ela vive em Rondônia, sem trabalhar na TV)


VIEIRA
Armas :
De vermelho, com seis vieiras de ouro, postas 2, 2 e 2.
Timbre :
Dois bordões de Santiago de vermelho, ferrados de ouro, passados em
aspa e encimados por uma das vieiras

Parece existirem várias famílias deste apelido, de origem geográfica, umas que o tomaram de Vieira do Minho e outras de Vieira de Leiria. A linguagem antiga é a de proveniência minhota e a pessoa mais recuada que dela se conhece Rui Vieira, fidalgo muito honrado do tempo de D. Afonso II. Rei de Portugal, e de seu filho D. Sancho II, que viveu pelos anos de 1220, senhor da quinta de Vila Seca, na freguesia de S. João, comarca de Vieira, onde morou e morreu. A ele se referem as Inquirições de D. Dinis, dizendo que o de Vieira foi honrado por ele. Alguns autores dizem, todavia, que o apelido já existia em 1044. Deste Rui Vieira parecem ser filhos Pedro Rodrigues Vieira e João Rodrigues Vieira, pai de Afonso Anes Vieira, que teve por f ilho a João Afonso Vieira, sem mais notícia.
Pedro Rodrigues Vieira acima citado viveu por 1245 no tem o de D. Afonso III, e parece que teve o senhorio da quinta de Vila Seca. Dele descendem quase todas es famílias deste apelido, com larga geração.
0 bispo de Malaca, D. João Ribeiro Gaio, escreveu esta quintilha acerca dos Vieiras:
Pelos vales de Pombeiro
viera com seu concelho
esta que foi verdadeiro
e mui leal companheiro
do bom Portugal o velho.
Lá em Villa Seca tem
No concelho de Vieira
Sua casa verdadeira
Os Vieiras da qual vem
Sua origem primeira.
Outros usam as que se seguem:
De vermelho, com seis vieiras de prata, postas 2, 2 e 2, realçadas de negro.
Timbre: uma aspa de vermelho, carregada de cinco ou de três vieiras do escudo.


Carvalho

Carvalho é a designação comum de várias centenas de espécies de árvores do género Quercus da família Fagaceae, e outros géneros relacionados, nomeadamenteLithocarpus. O género é nativo do hemisfério norte e inclui tanto espécies caducas como perenes, que se estendem desde latitudes altas até à Ásia tropical eAmérica. Em geral, as espécies de folha caduca distribuem-se mais para o norte, e as de folha persistente para o sul. Os frutos do carvalho chamam-se bolotas ou landes.

CARVALHO: Sobrenome de origem toponímica, foi extraído da vila da mesma designação, na diocese de Coimbra, e adotado por Gomes de Carvalho, que viveu em meados do séc. XIII, e que foi pai de Fernão Gomes de Carvalho.
Usava este último por armas em inícios do séc. XIV um escudo carregado por uma caderna de crescentes.
No séc. XVI, de acordo com o Livro do Armeiro-Mor e o "da Nobreza e Perfeição das Armas", usavam as armas que aqui se descrevem.
Brasão da Família Carvalho
Armas: De azul, com uma estrela de ouro de oito raios, encerrada numa caderna de crescentes de prata.
Timbre: Um cisne de prata, membrado e armado de ouro, com a estrela do escudo no peito.
Ancestrais da Família Clemente de Souza:
Antonio Carvalho (1665 - Impiados - Ansião - Pombal - Portugal)
Manuel Gonçalves de Carvalho (1830 - Jeriquara - São Paulo - Brasil)
Ilustres Carvalhos das proximidades de Pombal:
Sebastião José de Carvalho e Melo, o 1º marquês de Pombal, nascido em Lisboa em 13.05.1699 e morto em Pombal em 08.05.1782 foi certamente o mais poderoso nobre da história da família Carvalho, tendo controlado Portugal com mais poder que o próprio Rei durante sua gestão como secretário de Estado do Reino (primeiro-ministro) do Rei D. José I entre 1750 e 1777. Este déspota esclarecido é considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa. A parte as dúvidas que pairam sobre a legitimidade da genealogia do Marquês de Pombal (suspeita-se que seus antepassados apropriaram-se indevidamente de títulos e de mercês a que não tinham direito, forjando documentos, comprando testemunhos, corrompendo, tais comoa chamada causa de Montalvão, cuja documentação foi publicada em 1750 se encontra online no PURL: http://purl.pt/6436/1/P1.html), sua ascendência é de grande nobreza, a começar pelo pai, Manuel de Carvalho e Ataíde, que era neto de Luisa de Melo (comprovadamente descendente de Conde D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal). Em linha paterna o ancestral mais antigo do Marquês de Pombal com o sobrenome Carvalho foi João de Carvalho, que viveu com sua esposa Isabel Reimonde em Anciães no século XV. Isabel Reimonde também era da estirpe dos Carvalhos (seu pai foi João Fernandes de Carvalho).
Marquês de Pombal
José Francisco Xavier Maria de Carvalho Melo e Daun (Conde da Redinha) - título criado por D. José I, rei de Portugal por carta de 20 de agosto de 1776. Além de Conde da Redinha, José Francisco foi também o 3º marquês de Pombal.
Já no clero, os Carvalho foram ainda Comendadores e Cavaleiros da Ordem de Cristo (substituta da Ordem dos Templários em Portugal).

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